Engana-se quem pensa que criar um nome para empresa ou produto é como dar nome a um bebê — até para isso creio que não seja uma tarefa fácil.
O fato é que o processo de Naming é complexo e exige conhecimentos de linguística, marketing, criatividade e muita, muita pesquisa!
Neste post você vai descobrir:
Bora lá?
Criar um nome para empresa ou serviço não é nenhum processo altamente científico em que, no final, você terá um que será o responsável absoluto pelo sucesso da sua marca. Até porque, essa conquista depende de muitos fatores como marketing, qualidade do que é oferecido ao cliente, atendimento, exclusividade no segmento, entre outros. Mas, sim: um bom nome pode ajudar a dar impulso inicial e alavancar suas campanhas de marketing, trazendo mais oportunidades de negócios!
O Naming é um processo longo que exige planejamento, estratégia e criatividade. Frequentemente, é necessário fazer análise de centenas de nomes até encontrar um que esteja disponível para registro e que, lógico, funcione.
Os nomes para empresa podem ser classificados em categorias, de acordo com o modelo de criação. Elas são diversas, sendo estas as principais:
Em geral é utilizado o nome do fundador da empresa. Dois bons exemplos são Jonhson’s & Jonhson’s e Adidas (esse último, a junção das sílabas iniciais do nome do fundador Adolf Dresden).
São nomes que já transmitem o que a empresa faz. Tem a vantagem de comunicar imediatamente, mas também pode acabar ficando limitado à medida que a empresa cresce e precisa expandir o negócio.
A mundialmente conhecida Apple, por exemplo, iniciou suas atividades como Apple Computers, mas conforme foi expandindo sua linha de produtos, passou a usar somente o nome primeiro nome da marca, que é como a conhecemos hoje.
Um nome inventado pode ser facilmente registrado e tem a vantagem de ser exclusivo. Porém, para dar certo, é necessário um grande investimento em marketing e comunicação paralelo, visto que as pessoas inicialmente não irão associar o nome ao seu segmento ou produto oferecido.
Curiosidade: o nome Kodak foi criado por seu fundador, George Eastman, que buscava por um que fosse curto e inédito, mas que ficasse bom em qualquer idioma. Ele só sabia que usaria a letra K, por achá-la forte. Então “brincou” com as palavras até chegar a uma que considerou perfeita para a marca. E parece que deu certo, não é?
Lugares, animais, pessoas, palavras estrangeiras, entre outros. Em geral, esse tipo de nome traz uma ligação a uma qualidade ou característica da empresa/produto. A vantagem desse tipo de nome é que ao explicar a origem, já traz uma boa história para contar sobre a empresa.
Alguns exemplos: Amazon, Dove, Jaguar, entre outros.
Acrônimos podem ser formados pelas iniciais das palavras de um nome composto ou frase. São mais difíceis de ser lembrados e funcionam melhor quando a empresa já se estabeleceu com um nome completo. Exemplo: BNDS (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), IBM, GE, TAM, EMBRATEL, PETROBRAS.
Alguns dos melhores nomes são resultados de combinações dos tipos acima. Inclusive, um nome de empresa pode ser inventado a partir da junção de palavras vindas de uma metáfora, rs,rs!
Naming é o nome do processo de criação do nome para um produto ou serviço. Ele também possui diversas formas e métodos para a chegar até o ideal.
Confira um roteiro resumido desse processo que utilizamos aqui na Alphabrand:
- Briefing: definição do posicionamento da marca, metas e necessidades;
- Análise da concorrência: avaliação dos nomes já existentes;
- Long list: utilização de técnicas de brainstorm para gerar centenas ou até milhares de nomes;
- Triagem inicial: avaliação dos nomes de acordo com o posicionamento da marca e que estejam disponíveis do ponto de vista jurídico e para registro de domínio;
- Lista final: avaliação da sonoridade, grafia e memorização;
- Triagem final: verificação de conflitos entre marcas registradas, se não há alguma conotação negativa, inclusive em outras regiões onde a empresa pretende atuar futuramente.
Para gerar a Long list podem ser utilizadas diversas abordagens. Nessa fase não há filtros ou nomes ruins. É preciso colocar tudo no papel, pois um nome que à primeira vista não pareça ser bom, pode dar um insight para o nome que estava procurando.
Configura algumas fontes de inspiração para a busca do nome:
O processo de registro do nome é demorado e complexo. Você pode fazer sozinho, mas é recomendado o auxílio de um escritório de Marcas e Patentes. A consulta inicial da disponibilidade pode ser feita no portal do INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial).
Para consultar a disponibilidade registrar um domínio você pode acessar o registro.br, para domínios com a extensão .com.br ou godaddy.com, para domínios terminados em .com. Além do .com.br e do .com há diversos outras extensões que você pode usar, inclusive complementando parte do nome da sua empresa.
O nome é um ativo valioso para a empresa que deve facilitar a comunicação e memorização. Um bom nome será fácil de pronunciar, memorizar, comunica a essência da marca, estabelece conexões, incita a imaginação e transmite a essência da marca. Além disso, ele deve ser criado pensando no futuro, abrangendo as possibilidades de expansão da empresa.
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Tags:Branding, Estratégia, Marketing, Naming